segunda-feira, 7 de abril de 2008

Cirurgias estéticas proibidas em animais silvestres em Fortaleza!

(3/4/2008)
População ajudará na fiscalização

Estão proibidas cirurgias mutilantes em animais domésticos e silvestresFortaleza.
Já está em vigor, desde o último dia 19 de março, a Resolução nº 877, do Conselho Federal de Medicina Veterinária (CFMV), que proíbe a realização de cirurgias mutilantes e desnecessárias em animais domésticos e silvestres. A mesma norma também disciplina a execução de procedimentos cirúrgicos em animais de produção, como bovinos, suínos, eqüinos e ruminantes.Segundo o membro da Comissão de Ética, Bioética e Bem-Estar Animal, do Conselho Federal de Medicina Veterinária (CFMV), Marcelo Teixeira, a população terá papel fundamental na fiscalização do cumprimento da medida, visto que os Conselhos Regionais de Medicina Veterinária (CRMVs) investigarão clínicas e profissionais a partir das denúncias enviadas pelos populares.Outro órgão que terá atuação primordial será o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama). De acordo com o chefe do setor de fiscalização do órgão no Ceará, Rolfran Cacho Ribeiro, neste mês, o Ibama e o CRMV/CE planejarão como será a fiscalização da nova regra no Estado. Marcelo Teixeira lembra, porém, que o Ibama poderá fazer uso da legislação ambiental que classifica como crime a prática de maus-tratos aos animais.O ponto mais polêmico da nova norma é a proibição do corte da orelha e da retirada das cordas vocais nos cães e do corte das unhas dos gatos. Teixeira explica que essas cirurgias limitam a capacidade de expressar o comportamento típico dessas espécies. “Muitos donos moram em apartamentos e retiram as cordas vocais dos cães por preguiça de passear com o animal”, diz. Ele ressalta ainda que os procedimentos serão permitidos quando tiverem indicação clínica.Já o corte da cauda de cães e gatos não está proibido, mas é prática não-recomendada pelo CFMV. O membro do órgão federal acredita que em um futuro próximo a medida também será banida. Entre os animais silvestres, Teixeira explica que chegava a haver o corte das asas de cisnes para que as aves não voassem e a retirada de falanges de macacos estudados cientificamente, como forma de identificar os símios. Profissionais que descumprirem a norma serão punidos, com penas variando de advertências veladas até a cassação do registro profissional.

Fonte: http://diariodonordeste.globo.com

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